sábado, 22 de dezembro de 2012

Yamaha RD 350, a famosa e admirada "viúva negra"

Última versão nacional RD 350 R 1992, que deixou muita saudade.

A clássica e temida RD 350, ao contrário do que muitos afirmam , teve sua história iniciada no final dos anos 50, mais precisamente em 1957, no Japão, berço da Yamaha, como um projeto para competições. A primeira de todas as motocicletas a ostentar a poderosa e imponente sigla RD (R de Racing e D representava a 250 cc), foi uma máquina desenvolvida para o Campeonato Mundial de Velocidade de 1961, e chamava-se RD 48. No ano seguinte, foi lançada a RD 56, já com o famoso câmbio de seis velocidades.
RD 350 1973, o início de um mito no Brasil.

No ano de 1973, a Yamaha lançou sua linha RD, com os seguintes modelos: 250, a 350 e as menores RD90, RD125 e RD200. Mas foi a 350, conhecida como “viúva negra” que se tornou um símbolo nacional, pois, mesmo com uma cilindrada inferior, fazia frente às temidas CB750 da Honda, pois aproveitava ao máximo duas características, maior leveza e motor dois tempos. Em sua evolução, foram adicionadas tecnologias como: disco na roda traseira (importante, pois ela sempre andou muito mais do que poderia parar), ignição eletrônica CDI, e passou a trabalhar com refrigeração líquida (por isso a famosa inscrição em sua lateral Liquid Cooled).



RD 350 Export 1989, com ela aprendi o que é realmente acelerar!

Mas certamente a maior inovação tecnológica desta lenda foi a adoção do sistema YPVS (Yamaha Power Valve System) ou sistema de válvulas especiais da Yamaha, que consiste em um sistema de válvulas que fecha a saída do escapamento, controlada por um motor elétrico, acionado eletronicamente. Este sistema aumenta o rendimento em baixas rotações, aumentando o torque neste regime de RPM (abaixo dos 5000), tornando a moto menos arisca, abaixo desta rotação. Porém, após os 5 mil RPM, é aberto um segundo estágio no acelerador, e a coisa começa a ficar divertida. Lembro-me que aos 13 anos de idade eu descobri a sensação de ultrapassar este estágio, em um dia que deixei minha DT 250 ano 1974 na garagem e pedi emprestado ao meu pai, que possuía uma RD 1989 preta. Poucos dias em minha vida ficaram tão marcados em minha memória, pois a velocidade, aliada ao ronco estridente do motor dois tempos me fazem ficar arrepiado só de lembrar a ocasião. Ótimos tempos.

Meu pai e sua RD “carenada” em maio de 1975, descendo a serra da Graciosa.


Durante minha vida, principalmente na infância, convivi com algumas destas máquinas, pois meu ídolo (que também chamo de pai) teve a felicidade de possuir alguns exemplares destas maravilhas em duas rodas. Em minha contas, foram pelo menos 5 delas, duas 350 da década de 70, uma exclusivíssima RD 400 ano 1976 e mais duas carenadas, uma branca 1986 ( a primeira de Curitiba) e uma preta 1989.
Eu e meu pai com a RD 350 cor tijolo 1975, reparem a alegria do aprendiz de piloto (foto de 1981)
Meu irmão Rodrigo “pilotando” a RD 400 1979 ( talvez uma das únicas do Brasil)
E assim como nós, as motos também evoluem, e um dos ícones da linhagem RD que jamais foi vendida no Brasil, permanece em minha mente como um sonho de consumo. Falo da RD 500 V4, lançada em 1986 (junto com as primeiras 350 carenadas no Brasil). Essa máquina consiste em praticamente dois motores de RD, que possuíam dois cilindros, juntos em um fantástico V4 de dois tempos, 499cc, 88 HP e atinge cerca de 230 km/h.

E finalmente sua evolução, a RZV modelo 2008 com 135 HP que transmite a essência de esportividade das primeiras RDs, e carrega consigo a responsabilidade de dar continuidade a um mito, que para nós brasileiros teve sua produção encerrada em 1992, e nos deixou muita saudade e ótimas lembranças.

6 comentários:

  1. Essas fotos me recordam o tempo de criança, bons tempos que não voltam mais!

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  2. PARABENS AMIGO, AS CORES TB PARECIAM DO ATLÉTICO PR :).

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  3. adriano kojak de jales10 de janeiro de 2013 às 06:03

    essa moto era um sonho do meu irmao q faleceu com 19 anos numa rx 125 cc q ele estava guardando dinheiro para comprar uma rd 350 cc parabens

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  4. Que coisa mais linda... tive três destas... uma 87 e duas 89. Muuuuuuuuuuiiiitaaaa saudade. Digo sempre que só quem teve o prazer de sentar em uma RD 350, sabe o que é esse bichinho nervoso.

    Alessandro Consani, Santa Cruz do Rio Pardo-SP

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  5. LUCIANO TENHO UMA RD 350 1973 PARA REPOSICAO DE PECAS JAMES CONTATO 035 88441058

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  6. A de 135 também tem o 2 stagio ou não

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