quarta-feira, 20 de junho de 2012

Com condições especiais para a Brutale, MV Agusta aumenta disputa entre as nakeds


As dez nakeds mais vendidas do Brasil são todas acima de 600cc
Entre as motos de alta cilindrada, o segmento de motocicletas naked – motos com cara de moto, sem carenagem, e com comportamento esportivo – aparece como o preferido dos consumidores. Embora de acordo com os emplacamentos e a classificação da Fenabrave, associação dos distribuidores de veículos, vende-se mais modelos esportivos, o ranking inclui motos de menor cilindrada como a Kawasaki Ninja 250R. Entre janeiro e maio deste ano, os dez modelos nakeds mais vendidos – todos acima de 600cc – somaram 6.630 unidades.
Neste segmento, cada dia mais disputado no Brasil, a liderança é da Honda com sua CB 600F Hornet, seguida pela Yamaha XJ6N, e pela Honda CB 1000R, na terceira colocação. Kawasaki ER-6n, Z 750 e Z 1000; BMW F 800R, além das Suzuki Bandit 650 e 1250, aparecem no top 10. Todos modelos acima de 600cc. Até mesmo a Harley-Davidson com sua XR 1200 entra na lista com 90 unidades comercializadas no período. O ranking das maxitrail, ou bigtrails, onde também figuram somente motos de alta cilindrada, ficam para trás com 5.510 unidades vendidas.
Naked premium
No Brasil, há duas versões da Brutale: 1090 R por R$ 52 mil e 1090RR por R$ 60 mil
Acirrando a disputa no segmento, está a MV Agusta com sua linha Brutale 1090 (R e RR), que vem obtendo bons resultados de venda em 2012. Nos cinco primeiros meses do ano foram comercializadas 68 unidades das duas versões da naked Premium da marca italiana.
Para aumentar suas vendas, a MV Agusta oferece aos motociclistas novas condições para a aquisição da linha Brutale. Até o final deste mês, as duas versões da naked Brutale 1090 (R e RR) podem ser adquiridas com 30% de entrada e o saldo em 18 meses, com juros de 0,49% ao mês. Além disso, a marca manteve o tradicional plano de financiamento com 50% de entrada e o restante em 12 vezes sem juros. Os preços sugeridos para a linha Brutale giram em torno de R$ 60 mil (RR) e R$ 52 mil (R). Os dois modelos são montados em Manaus (AM) na fábrica da Dafra.
Farol é um dos diferenciais da naked italiana
Desenhada por Massimo Tamburini, a Brutale nasceu como uma moto conceito em 2000 e tornou-se um ícone entre as nakeds. A começar pelo farol que, como quase todas as peças dessa MV Agusta, é diferente de tudo disponível no mercado. Tão diferente que faltam adjetivos para descrevê-lo. Excêntrico, alongado, parabólico… Passando pelo belo quadro em treliça exposto e a rabeta minimalista, que tem ditado tendências desde então.
A versão RR traz um motor novo de quatro cilindros em linha, com 1078 cm³ de capacidade, duplo comando de válvulas no cabeçote, válvulas radiais e refrigeração líquida. Produz 144,2 cv de potência máxima a 10.300 rpm e torque máximo de 11,2 kgf.m a 8.100 rpm. Potência suficiente para rodar em alta velocidade – a máxima divulgada é de 265 km/h – e força o bastante para empinar a roda dianteira até mesmo em terceira marcha.
Graças à embreagem deslizante e ao controle de tração com oito níveis de ajuste, toda essa brutalidade está um pouco mais controlável. Um pouco mais. Para as situações de piso molhado, o modelo 1090RR conta ainda com dois mapeamentos do motor: Sport e Rain.
Brutale 1090RR traz controle de tração e dois mapas para o motor: Sport e Rain
Mas o que impressiona na Brutale 1090 RR são as suspensões e o sistema de freios, ambos dignos de uma superbike. Na dianteira, as suspensões invertidas Marzocchi são totalmente ajustáveis na compressão, retorno e pré carga da mola. Já na traseira, o amortecedor Sachs fixado no belo monobraço cumpre sua função de manter a roda traseira no chão – claro que com a ajuda do controle de tração.
Já os freios, diferenciados na versão RR, contam com mangueiras em malha de aço (aeroquip) e duplo disco flutuante com pinça do freio monobloco Brembo e fixação radial, na frente. Atrás, disco único de 210 mm de diâmetro com pinça de quatro pistões.
Mais cara que as concorrentes, MV se destaca pelo esmero nos detalhes
Além do desempenho, outra característica da MV Agusta Brutale 1090RR que chama a atenção é seu acabamento. Desde as manoplas, construídas em um material especial mais macio e com a inscrição MV, passando pelo reservatório do fluído de freio e chegando aos piscas integrados aos retrovisores – aliás, uma exclusividade da Brutale em sua versão RR.
A rabeta traz a lanterna em LEDs embutida e as alças da garupa incorporadas – uma tendência hoje utilizada pela Honda na linha Hornet e CB1000R. As cores – preta e branca e vermelha e prata – também são de muito bom gosto.

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