A MV Agusta F4 representa 60% da vendas da marca no Brasil
O Brasil é um país de muitos contrastes – étnicos, culturais e econômicos. No mercado de motos não é diferente. Hoje, 90% das motocicletas vendidas no Brasil são de até 150cc. Mas, este segmento está passando por um processo bastante complicado, com redução de vendas, principalmente pela falta de crédito ao consumidor de motos pequenas.
De outro lado, o segmento de motos Premium – acima de 600cc – vive um momento ímpar, com vendas em alta. Além disso, esta clientela, na maioria das vezes, conta com um cadastro pré-aprovado e tem a moto como hobby. Neste nicho de mercado não há problemas e sobra dinheiro. “Aqui os impactos são positivos e o segmento com taxas de juro reduzidas”, afirma Marcos Fermanian, presidente da Abraciclo, associação que reúne os fabricantes de motos.
Detalhes da linha de montagem da MV em Manaus (AM), na planta fabril da Dafra
No setor das motos com maior valor agregado, a MV Agusta é um bom exemplo. Em pouco mais de seis meses, a marca teve crescimento 30% superior ao alcançado nos quatro anos em que as motos foram importadas. Por meio de uma parceria com a Dafra, a marca italiana retornou oficialmente ao Brasil em 2011 e passou a montar suas motos em Manaus (AM). Entre dezembro do ano passado e o início de julho de 2012, a MV Agusta ultrapassou as 200 unidades emplacadas – entre a superesportiva F4 e as nakeds Brutale 1090 R e Brutale 1090 RR. Detalhe: a F4 responde por quase 60% dos emplacamentos da marca italiana. Só para comparar, nos seis primeiros meses do ano, a Ducati vendeu apenas 19 unidades de sua superesportiva 1198. A BMW S 1000 RR comercializou 156 unidades e a Yamaha YZF-R1, vendeu 154 motos. Ou seja, com a F4 a MV Agusta está obtendo excelentes resultados mesmo sendo uma marca que ainda está se consolidando junto ao consumidor brasileiro.
Desde o início das operações da MV no Brasil, a marca italiana já vendeu 200 unidades, entre as linhas F4 e Brutale
“O potencial do mercado brasileiro de motocicletas premium é muito grande e com os lançamentos que teremos pela frente como, por exemplo, a superesportiva F3, com motor de 675cc, a expectativa é alcançarmos cada vez mais espaço no mercado nacional, contribuindo de forma efetiva para o crescimento da MV Agusta em todo o mundo”, explica Marcus Vinícius S. Santos, gerente da marca no Brasil, dizendo que o resultado confirma que a marca está no caminho certo, principalmente por adotar um modelo de negócios local, que inclui a produção das motos em Manaus (AM) e vendas em uma rede de concessionárias especializada
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