A primeira vista, a Custom 1200 impressiona pela sua aparência corpulenta em uma moto de tamanho reduzido. Os detalhes chamam muito a atenção. Ângulos arredondados se somam aos diversos cromados que compõe a moto e dão um charme especial. Pode-se dizer que essa moto é ideal para quem deseja resposta imediata quando acionado o acelerador. Isso em qualquer velocidade.
A Custom 1200 pode ser considerada uma selvagem domesticada. A resposta dentro da cidade é bem eficiente. Com o guidão um pouco menor que o das suas concorrentes de categoria, ela se sai bem pelos corredores estreitos entre os carros. Fato é que dificilmente se colocará a segunda marcha com trânsito intenso. E quando o fizer, logo reduzirá para a primeira novamente quando o corredor ficar mais fechado.
Esta é uma moto que não gosta de baixas velocidades. Na lenta, algumas vezes pode ser necessário acionar a embreagem para que ela ganhe mais potência e não fique com uma batida irregular do motor.
Pesando 260 quilos em ordem de marcha, a Custom 1200 é muito estável nas curvas e para o uso urbano ela não deixa nada a desejar, sendo bem maleável para manobras curtas e rápidas. O principal problema é a suspensão. Ela é muito dura, e em qualquer irregularidade do asfalto bate impiedosamente, sem amortecer praticamente nada. Isso sem falar dos buracos, das reformas das ruas, tampas de bueiros, redes de telefonia e instalações de água e esgoto. Tente fugir deles.
A Custom 1200 é ideal para a pilotagem em estradas ‘lisas’. A velocidade mais confortável para a viagem fica entre 100 km/h a 120 km/h. É simplesmente perfeita. Mas se você não se contentar por pilotar nessa faixa e quiser explorar mais o desenvolvimento do potente e agressivo motor Evolution®, refrigerado a ar, com torque de 8,9 kgf.m, a moto poderá apresentar algumas vibrações. Mas nada que seja tão inconveniente.
Mesmo na estrada é fácil esquecer que a Custom 1200 tem transmissão com cinco velocidades. Isso porque a quarta marcha responde muito bem e adiciona potência na pilotagem quando se anda nos limites de velocidade da rodovia. Outra característica, como já conhecida na marca, é o aquecimento do motor e dos escapamentos. E não é preciso rodar muito para perceber que sua perna direita está bem mais quente que a esquerda. Mas esse não é o maior dos problemas para a pessoa que estiver bem equipada. Quem sofre mais é o carona, que apoia o pé ao lado do cano de descarga.
E por falar em carona, a Custom 1200 não foi desenvolvida para receber uma segunda pessoa. O banco é curto e desconfortável e a moto não apresenta alça para garupa. Além disso, o impacto em qualquer desnível é mais sentido na parte traseira do assento, atirando a pessoa para cima. Outro inconveniente é a sensação quase contínua de que se vai cair quando a moto realiza qualquer aceleração mais brusca. Mas como já mencionei, a maioria das Harleys não é projetada para receber uma segunda pessoa.
Realmente o assento incomoda um pouco em viagens mais longas. Trocaria por um mais macio. Optaria também por uma buzina com som menos grave.
O painel é bem sucinto. Ao redor do velocímetro ficam as luzes sinalizando farol alto, ponto neutro, baixa pressão de óleo, indicadoras de direção, diagnóstico do motor, sistema de segurança e alerta de baixo nível de combustível. E por falar em combustível, o tanque suporta até 17 litros. O que pode-se dizer é que após gastar 10 litros ela acende a luz da reserva.
E para proteger esse pequeno patrimônio de R$ 33.100,00, a marca disponibilizou trava do guidão e alarme. Tente tirar ela de prumo sem a chave na ignição e veja o sinal que ela irá disparar.
Em resumo, a Custom 1200 tem uma resposta muito boa na estrada. Soma potência ao prazer de pilotagem. E o melhor é que pode ser utilizada tranquilamente dentro de grandes e pequenas cidades.
Fonte: bestriders.com.br
Nenhum comentário:
Postar um comentário