Modelo chega ao mercado nacional equipado com refrigeração líquida, câmbio de seis marchas, freios a disco nas duas rodas e visual agressivo, que inclui limpa-trilhos
Para tanto, os testes do modelo brasileiro consumiram cerca de 300 mil quilômetros, mais de mil horas em dinamômetro e 500 mil ciclos de quadro para acertar a moto, que tem preço sugerido de R$ 10.190. Vendas a partir do dia 15. Para atender o biótipo brasileiro, segundo o IBGE com altura média superior a 1,75m, e proporcionar mais conforto, a ergonomia foi alterada, com novas posições do guidão, mais alto, das pedaleiras e do pedal de marchas, mais baixos. As suspensões foram deliberadamente amaciadas, os pneus substituídos por Pirelli Sport Demon nacionais, enquanto o quadro em aço, do tipo diamond, foi reforçado para rodar em pavimentos irregulares, além da calibragem do motor alterada para poder funcionar com nossa gasolina misturada com etanol.
ANDANDO Segundo pesquisas, o consumidor brasileiro roda mais que o asiático e o europeu, com uma média de mil quilômetros por mês, exigindo um modelo mais confortável. Depois de passar pela fábrica e pelo R&D, centro de pesquisa e desenvolvimento da marca, onde o modelo foi concebido e avaliado nos vários laboratórios e simuladores, foi hora de conhecer o resultado na recém-inaugurada pista do autódromo internacional de Penbay, na província de Pingtung, Sul da ilha, em área de antiga base aérea militar, já que em Taiwan as motos não podem rodar em autoestradas, mas apenas nas rodovias secundárias. Comandar o modelo não exige esforço e é fácil se encaixar naturalmente na posição de pilotagem. Os comandos ficam à mão e a espuma do banco tem densidade correta, para não cansar quem roda bastante.
O que pode provocar fadiga em situações de uso esportivo radical, por exigir mais trabalho na pilotagem, é a calibragem das suspensões, propositalmente mais macias, privilegiando o conforto em sacrifício da esportividade. Como o guidão ficou ligeiramente mais alto, os cabos tiveram que ser alongados. A caixa de marchas, com seis velocidades, também foi reforçada, mas manteve a relação de transmissão, bem como o kit de coroa, corrente e pinhão nacionais. Os freios são a disco nas duas rodas. Na dianteira, 260mm, com pinça de duplo pistão, e na traseira, 220mm de diâmetro. Perderam as pinças radiais, mais eficientes e caras, presentes nos modelos de Taiwan e Europa. Mas transmitem segurança e precisão.
VISUAL O câmbio de seis marchas proporciona melhor aproveitamento do motor, que tem um cilindro, 249,6cm³ de cilindrada, injeção eletrônica (Keihin, desenvolvida no Japão), cilindro revestido em cerâmica e comando de válvulas roletado. A potência é de 25cv a 7.500rpm e o torque de 2.75kgfm a 6.500rpm. Uma combinação surpreendentemente ágil, mantida pela eficiente refrigeração líquida, tanto em baixas quanto em altas velocidades, exigindo, porém, acionamento mais frequente do câmbio. As linhas são nitidamente inspiradas em modelos de maior cilindrada, para conferir status ao modelo. As rodas são de liga leve, com aros de 17 polegadas e ousado desenho curvilíneo. O tanque (15 litros) tem tampa estilo aviação e aletas laterais, mas a carenagem sob o motor, tipo limpa-trilhos, destoa.
O painel, agradável e de fácil leitura, fica dentro de microcarenagem, que também abriga o farol piramidal. Além do conta-giros, velocímetro, indicadores de marcha e de troca do óleo, e relógio, tem o dedo duro que memoriza a maior velocidade alcançada. A suspensão dianteira é convencional, não invertida, com 110mm de curso e a traseira, mono, com 125mm de curso, em balança, com sistema de ajuste de corrente, desenvolvido pela engenharia nacional. O farolete é em LED e as setas ficaram menores na versão nacional. O escape é em aço inox e o peso é de 173kg em ordem de marcha. As cores são o branco perolizado, vermelha e preta.
Motor de um cilindro tem 25 cv |
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