quinta-feira, 5 de julho de 2012

Brutale 1090RR: uma naked com banho de loja


Brutale traz grifes do mundo de duas rodas em diversos componentes: freios Brembo, garfo telescópcio invertido Marzocchi, monoamortecedor Sachs e as linhas de Massimo Tamburini no design inconfundível
Com uma longa e vitoriosa história nas pistas, a italiana MV Agusta já fez sucesso na Itália e em todo o mundo com modelos de diversos segmentos e cilindradas. Mas desempenho sempre foi o foco da fábrica de Varese – motocicletas mais rápidas, estáveis e potentes. Para isso, as motos da marca sempre saem de fábrica com o que há de mais moderno no mercado de duas rodas.
Para comprovar isso basta analisar cada componente dos dois modelos que a marca comercializa no Brasil – a superesportiva F4 e a naked Brutale. A grife começa logo no design de ambas, assinado por Massimo Tamburini, italiano famoso por seus projetos no mundo de duas rodas. Mas não param por aí.
Com ciclística digna de superesportivas, a naked Brutale RR contorna curvas com segurança e rapidez
Vale destacar o banho de loja que a MV Agusta deu na versão RR de sua emblemática naked, a Brutale. Montada no Brasil pela Dafra, a Brutale 1090 RR, top de linha, traz um novo motor de quatro cilindros em linha e 1.078 cm³ de capacidade, duplo comando de válvulas no cabeçote, refrigeração líquida e exclusivas válvulas radiais. Produz 144,2 cavalos de potência máxima a 10.300 rpm e torque máximo de 11,2 kgfm a 8.100 rpm. Desempenho suficiente para empinar a roda dianteira até mesmo em segunda, terceira marcha. A velocidade máxima divulgada pelo fabricante é de 265 km/h.
Graças à embreagem deslizante e ao controle de tração com oito níveis de ajuste, toda essa brutalidade está um pouco mais controlável. O modelo conta ainda com dois mapeamentos do motor: Sport e Rain, este último muito útil em situações de piso molhado.
O que impressiona na Brutale 1090 RR, porém, são os sistemas de suspensão e de freios, ambos dignos de uma superbike. Na dianteira, a suspensão invertida com tubos de 50 milímetros e 130 mm de curso é totalmente ajustável na compressão, retorno e pré-carga da mola e leva a assinatura da Marzocchi, outra fábrica do país da bota conhecida por construir excelentes conjuntos de suspensão. Já na traseira, o amortecedor da alemã Sachs é fixado no belo monobraço e cumpre sua função de manter a roda traseira no chão, com a ajuda do controle de tração.
Motor de quatro cilindros em linha tem 144,2 cv de potência máxima a 10.300 rpm
Mesmo sem sistema ABS, os freios também são diferenciados na versão RR: contam com mangueiras em malha de aço (aeroquip) e duplo disco flutuante com 320 mm de diâmetro na dianteira, mordidos por uma pinça de freio monobloco – mais leve e eficiente – fixada radialmente e assinada pela marca Brembo, outra grife italiana. Na traseira, disco único de 210 mm de diâmetro com pinça de quatro pistões também Brembo. Mesmo no uso mais esportivo em pista, não demonstram fadiga. Pelo contrário, mostraram que são exageradamente potentes para conter o ímpeto da Brutale. Em alguns momentos, devido ao baixo peso da moto, 190 kg, frenagens mais radicais chegam a levantar a roda traseira.
A moto italiana se coloca acima da média em diversos aspectos – motor, suspensão e freios, além do design arrojado. Tanta exclusividade – e qualidade – reflete-se no preço acima da concorrência R$ 60 mil. Mas a Brutale 1090RR é, definitivamente, uma opção exclusiva entre as grandes nakeds do mercado.

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