Motociclistas reclamam da situação de violência e relatam o medo de rodar pelas ruas da região metropolitana. Como alternativa para tentar recuperar motos, usam a web para denunciar os modelos roubados.
“Fui assaltada perto ao km 29 da Rodovia Raposo Tavares (Cotia, SP) por seis homens em três motos”, conta Tainá Aguiar, 24 anos, assistente de vendas. “Cheguei a sentir um deles apertar o gatilho, mas a arma falhou”, acrescenta a motociclista. Tainá chegou a tentar fugir mais foi cercada e os bandidos levaram sua Kawasaki ER-6n, modelo 2010. “Contei com o apoio de muitos pelo Facebook, onde divulguei o roubo”, explica.
Dois dias depois do assalto, ocorrido dezembro de 2011, a moto foi encontrada pela polícia em Carapicuíba, SP. Desde então, a motociclista mudou sua rotina. “Agora ando muito mais esperta e tento evitar alguns lugares”, diz Tainá. De acordo com a Federação dos Motoclubes do Estado de São Paulo (FMC -SP), a Avenida dos Bandeirantes, onde o casal Sibele Pedroso e Rafael Fulaz foi assassinado é considerada a mais perigosa, entre outras dez vias, para motociclistas circularem na capital paulista.
Dois dias depois do assalto, ocorrido dezembro de 2011, a moto foi encontrada pela polícia em Carapicuíba, SP. Desde então, a motociclista mudou sua rotina. “Agora ando muito mais esperta e tento evitar alguns lugares”, diz Tainá. De acordo com a Federação dos Motoclubes do Estado de São Paulo (FMC -SP), a Avenida dos Bandeirantes, onde o casal Sibele Pedroso e Rafael Fulaz foi assassinado é considerada a mais perigosa, entre outras dez vias, para motociclistas circularem na capital paulista.
O presidente da entidade, Paulo Cesar Lodi, afirmou que as outras nove vias mais perigosas da capital são: “Marginal Pinheiros, Avenida Aricanduva, Rodovias Anhanguera, Bandeirantes, Castello Branco, Avenida Mutinga, Avenida Rio Branco com a Avenida Duque de Caxias, Avenida São João, Rua General Osório e Rodoanel Mário Covas”.
“Hoje está muito mais perigoso do que antigamente. Parece que eles sentem prazer em atirar nas pessoas, não dão importância nenhuma à vida”, afirma Reinaldo de Carvalho Bueno, de 55 anos, fundador do motoclube Falcões Raça Liberta, de Guarulhos (SP), e ex-presidente da FMC-SP. Há seis meses, Carvalho teve sua Suzuki DL 650 V-Strom roubada, enquanto seu filho a dirigia, no Bairro do Limão, em São Paulo.
Curiosamente, Carvalho relata que um dos bandidos chegou a puxar o gatilho da arma, que também falhou. A motocicleta foi recuperada quatro semanas depois. “Ela estava bastante avariada”, explica o motociclista.
Curiosamente, Carvalho relata que um dos bandidos chegou a puxar o gatilho da arma, que também falhou. A motocicleta foi recuperada quatro semanas depois. “Ela estava bastante avariada”, explica o motociclista.
Redes sociais
Na Escócia, um motociclista conseguiu recuperar sua moto utilizando Facebook e Twitter , dentre outros casos de auxílio da internet contra roubos. Além do Facebook, os motociclistas fazem uso de ferramentas como fóruns e sites especializados em roubos para tentarem recuperar os bens. Páginas da internet fazem cadastros de motos roubadas e enviam as informações para as pessoas cadastradas. Sites como “motoroubada” e “roubadosbr” cobram de R$ 20 a R$ 45 para fazer os anúncios, segundo informam na web. De acordo com o “motoroubada”, as informações do crime são espalhadas para mais de 85 mil pessoas.
Em fóruns, como o “Suzukionline”, tópicos também são criados com o intuito de tentar recuperar as motos roubadas. A notícia do assassinato do casal chegou rapidamente ao fórum, antes mesmo de haver informações oficiais. Após a confirmação das mortes, gerou comentários de raiva e medo dos usuários.
Na Escócia, um motociclista conseguiu recuperar sua moto utilizando Facebook e Twitter , dentre outros casos de auxílio da internet contra roubos. Além do Facebook, os motociclistas fazem uso de ferramentas como fóruns e sites especializados em roubos para tentarem recuperar os bens. Páginas da internet fazem cadastros de motos roubadas e enviam as informações para as pessoas cadastradas. Sites como “motoroubada” e “roubadosbr” cobram de R$ 20 a R$ 45 para fazer os anúncios, segundo informam na web. De acordo com o “motoroubada”, as informações do crime são espalhadas para mais de 85 mil pessoas.
Em fóruns, como o “Suzukionline”, tópicos também são criados com o intuito de tentar recuperar as motos roubadas. A notícia do assassinato do casal chegou rapidamente ao fórum, antes mesmo de haver informações oficiais. Após a confirmação das mortes, gerou comentários de raiva e medo dos usuários.
Motos mais roubadas em 2012*
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HONDA CG 125
18.994 | |
HONDA CG 150
10.409
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HONDA CBX
5.741
| |
HONDA NXR 150
4.484
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* até outubro | |
Fonte: CNSeg |
“Na federação (de motociclistas de São Paulo), temos uma lista com mais de 40 mil e-mails que usamos para denunciar os roubos de motos”, explica Carvalho. Além disso, o motociclista cita o Facebook como auxiliar nesta situação. “Mas acaba não sendo muito eficaz, pois se trocam a placa do veículo fica mais difícil de localizar”, acrescenta.
Rafael Fulaz, morto na quinta-feira, também havia utilizado o Facebook para comentar a aquisição da moto, falando sobre sua CBR 1000 RR. “Sonhar não custa nada, mas têm sonhos que se realizam”, publicou o motociclista.
Modelos mais roubados
De acordo com a Confederação Nacional das Empresas de Seguros Gerais (CNseg), a moto mais roubada no Brasil em 2012, até outubro, é a Honda CG 125 (18.944 unidades). Em 2º lugar, aparece a Honda CG 150 (10.409), seguida de Honda CBX (5.741) e Honda NXR 150 (4.484). A presença desses modelos no ranking não é surpresa, pois são motos que figuram constantemente entre as mais vendidas.
Modelos mais roubados
De acordo com a Confederação Nacional das Empresas de Seguros Gerais (CNseg), a moto mais roubada no Brasil em 2012, até outubro, é a Honda CG 125 (18.944 unidades). Em 2º lugar, aparece a Honda CG 150 (10.409), seguida de Honda CBX (5.741) e Honda NXR 150 (4.484). A presença desses modelos no ranking não é surpresa, pois são motos que figuram constantemente entre as mais vendidas.
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