sábado, 15 de dezembro de 2012
KTM 1290 Super Duke R, mostrada em Milão, é fera em duas rodas
A KTM fez muito barulho ao apresentar a 1290 Super Duke R no Salão de Milão deste ano. E isso não é sentido figurado. Em um estande voltado para modelos de tocada esportiva, a fábrica austríaca fez questão de ligar o motor do seu novo protótipo para a assegurar a todos de que o som bestial -- termo utilizado em mais de uma ocasião pela marca ao se referir à nova moto --, divulgado dias antes, saía do escapamento do modelo presente.
Quando a KTM liberou fotos escurecidas e o som emitido pelo motor do novo modelo antes do início do Salão, todos já sabiam que iriam encontrar a moto que substituiria a radical 990 Super Duke R. Também era esperado um propulsor de maior capacidade cúbica, uma vez que a bigtrail 1190 Adventure -- apresentada em outubro, durante o Salão de Colônia, na Alemanha -- já havia recebido um. Quando a cortina subiu, entretanto, o que se viu deixou todos os presentes boquiabertos.
Com linhas robustas e agressivas, o protótipo conserva traços da sua antecessora, como a forma poligonal do tanque de combustível, o chassi em treliça e as aletas laterais em formas triangulares. No mais, a rabeta mais alta, as saídas de escapes incorporadas abaixo do quadro dão a impressão de estarmos olhando para uma versão despida da superesportiva RC8 R, que ainda recebeu um monobraço para segurar e exibir a estilosa roda traseira.
PRONTA PARA CORRER
Embora a fábrica austríaca não tenha divulgado ainda nenhum dado concreto como potência, torque ou curso da suspensão, sabe-se que o protótipo compartilha muitas características da RC8. Entre elas, o propulsor V2 com refrigeração líquida, de 1.195 cm³, que, segundo a KTM, teve seu diâmetro retrabalhado para chegar às 1.290 cc.
A ausência de detalhes técnicos é compensada pela vasta lista de componentes de primeira linha. O protótipo da KTM endossa a vocação da marca para pistas com diversas partes em carbono e aço cromo-molibdênio. Além disso, a moto conta com suspensões WP exclusivas, sendo monoamortecedor de ajuste a gás na traseira e garfo invertido na dianteira. Para segurar a fúria da nova moto, foram adotados freios a disco com pinças Brembo nas rodas.
Outro ponto forte é a eletrônica. Para mostrar que os engenheiros não economizaram em nada, itens como acelerador eletrônico (ride-by-wire), freios ABS e controles que previnem wheelies (empinadas) e stoppies ("RLs"), manobra na qual o piloto aciona o freio dianteiro com vigor e a roda traseira se descola do chão, foram incorporados ao modelo. A KTM, porém, faz questão de salientar que estes dois últimos recursos podem ser desligados.
PROTÓTIPO?
A melhor notícia em relação à 1290 Super Duke R é que a KTM já está trabalhando em sua versão de produção, que será lançada até o final de 2013. No entanto, a marca deixou no ar se a moto irá vestir oficialmente a camisa de sucessora da Super Duke atual ou manter a configuração para pistas apresentada pelo protótipo.
Enquanto o modelo final não sai, a fabricante disponibiliza para o público outras quatro versões da Duke, além da 990, com motores de 690, 125, 200 e, a mais recente, com 390 cc. Mas, depois de ver a nova "fera", fica difícil desejar outra naked da marca.
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