quinta-feira, 2 de agosto de 2012

Segmento de motos é o que mais cortou


A crise no mercado de motocicletas está mais clara do que a do setor de automóveis. No primeiro semestre houve fechamento de 913 postos de trabalho com carteira assinada no setor. Só a fabricação foi responsável por 1,4 mil desligamentos no período.

O enxugamento ocorre depois que esse ramo conseguiu ampliar o quadro de pessoal em 2o11 em apenas 177 postos. A perda de vigor fica mais evidente quando são observadas as gerações de emprego em 2010 (7,1 mil) e 2008 (12 mil).

Se mantiver a mesma tendência na segunda metade do ano, 2012 deve ser o pior para o mercado de trabalho desde 2009, quando o setor sofria impactos da crise global. Naquele ano, 225 trabalhadores perderam o emprego - dado líquido, já descontadas as contratações. Os números são do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged).

Na sexta-feira, o presidente da Federação Nacional da Distribuição de Veículos Automotores (Fenabrave), Flávio Meneghetti, pediu ao Ministério da Fazenda que liberasse recursos dos depósitos compulsórios para aumentar o crédito para a compra de motos. Para ele, o valor de R$ 1,8 bilhão seria suficiente para impulsionar o setor.

De acordo com a Fenabrave, apenas 10% dos pedidos de financiamento para a compra de motos são aprovados atualmente, o que prejudica o setor. Até pouco tempo essa fatia era de 30%. Meneghetti relatou que o pedido ao então ministro interino da Fazenda, Nelson Barbosa, foi bem recebido e seria levado ao presidente do Banco Central, Alexandre Tombini.

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