Ascensão social realmente cresce no país. De olho nisso, as marcas mais sofisticadas do mercado de duas rodas estão se instalando no Brasil e promovendo uma inédita expansão do portfólio de produtos ao consumidor brasileiro, dando vazão a uma demanda antes reprimida pela falta de opções.
Só no primeiro semestre, a evolução das vendas foi da ordem de 22,4%. Em dois anos, o aumento foi de 52,1%, embora as motos com mais de 450 cilindradas ainda representem uma parcela pouco expressiva – apenas 2,4% – de um mercado que movimenta perto de dois milhões de unidades anualmente.
MV Agusta F3 Serie Oro, a moto mais cara vendida no Brasil. |
A prova disto é que a moto mais cara do Brasil, foi vendida por R$ 170 mil Reais, em menos de 1 dia (semana passada), onde foi apresentada em evento da MV Agusta Brasil, teve apenas 200 unidades produzidas e somente uma foi destinada ao Brasil. O comprador não quis se identificar.
A Serie Oro faz parte do lançamento comemorativo do modelo F3. Esta moto tem motor de três cilindros e 675 cm³, capaz de gerar 126 cavalos de potência máxima a 14.400 e 7,24 kgfm de torque a 10.600 rpm. Segundo a marca, a F3 pode alcançar velocidade máxima de 260 km/h.
Na BMW, as vendas de motos subiram 70,6% nos seis primeiros meses do ano, para a satisfação de grupos brasileiros que estão entre os cinco concessionários que mais vendem motos BMW mo mundo: como Caltabiano em 1° lugar, AutoKraft em 3° lugar e a Eurobike em 4° lugar.
No geral motos com preços que saem de R$ 28 mil e podem chegar perto de R$ 100 mil, esse mercado abrange um público menos suscetível a crises financeiras e que, muitas vezes, consegue realizar a compra à vista, diz José Eduardo Ramos Gonçalves, diretor-executivo da Abraciclo. “Muitas vezes, são executivos, que usam a moto para lazer e mostram grande fidelidade com a marca”, comenta.
Primeira colocada nos segmentos populares, a Honda também é líder no mercado premium, com uma participação de 28,4% no segmento acima de 450 cilindradas. “Chegamos a ter pico de 33% neste ano”, afirma Alexandre Cury, gerente comercial da montadora japonesa.
A chegada de novas marcas, contudo, aponta para uma disputa cada vez mais acirrada.
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