Super Teneré in Rio!
Quando o marketing da Yamaha me ligou, quase não acreditei. Primeiro porque essa turma não me liga nem a cobrar, morar no subúrbio de Sampa é difícil, hehe. Refeito do susto, recebi a oferta de uns dias com a nova – pelo menos aqui na província carioca – Super Teneré. Topei no ato, e combinei com meu amigo Roberto “Beto Kahena” Dutra, d’O Globo, de buscar a moto. O Dutra, tremendo fidalgo, não se importou em deixar a dita na minha garagem, e no dia seguinte fui curtir um dia de trabalho no galipão azul.
A moto é fotogênica em qualquer situação…
De Botafogo a Barra da Tijuca são cerca de 25 km, suficiente para me apaixonar por ela. A moto é bela, amistosa e tem um motor canhão, 110 hp a 7250 rpm, com muito torque, 11,6 kgfm a 6000 rpm. Essa big big trail tem presença marcante, digna sucessora da Super Teneré 750 cc dos anos noventa.
Diz se não é verdade…
Por esses acasos da vida, precisei ir ao centro do Rio naquele dia, e pro falta de tempo para pegar minha Tenerezinha, fui na 1200 mesmo. Driblar os coletivos na urbe carioca não foi tão ruim quanto eu esperava, e nas vias expressas hay que maneirar para não levar um flagra dos pardais.
De Super pelas curvas do Aterro do Flamengo…
A moto testada parecia ter o descanso empenado, a ponta do artefato pegava na pedaleira, atrapalhando a pilotagem. Desconfio que a Tenerezona em questão já tenha beijado o solo do planeta, afinal, mais de 6.000 km de teste na mão da plebe rude do moto-jornalismo não é moleza… Achei a troca de marchas entre primeira e segunda meio longa, mas o câmbio de seis marchas é bastante preciso. A embregaem é dura pacarai, com a pinta de enforcamento. Os comandos são um tanto simples e a traseira meio esquisita, mantendo o estilo “cocker spaniel” da 250cc.
A traseira é mei cocker e esse painel do lado direito é menos belo do que o outro lado…
Mas no geral a moto tem um comportamento de acordo com o visual; matador! A cor azul metálica é não menos que deslumbrante, arrebatadora, deveria vir em todos os modelos Yamaha. Aliás, não é de hoje que Yamahas são azuis, Hondas vermelhas (Red Riders), Suzukis amarelas e Kawasakis verdes (Team Green). Pópará com esse negócio de Hondas Azuis e Yamahas laranja, até as pedras do caminho sabem que laranja é a cor oficial das KTMs. Uma Tenerezinha ou XT 660 azul ia vender que nem água no deserto.
O lado esquerdo da moto é de cair o queixo de tão belo…
Bom, voltando à 1200, ela bebe razoável, 16 a 18 km por litro, dependendo da tocada. O habitat natural dessa moto é a estrada aberta, ainda que de terra. No trânsito diário, você vira meta de motoboy. esse comportamento é compreensível; ultrapassar uma moto quase 10 vezes maior que a sua faz bem ao ego, eleva a altoestima, hehe.
Leô Aragão acertou no milhar na locação das fotos…
Hoje no início da manhã encontrei meu amigo e vizinho Leô Aragão, para uma sessão matinal de fotos. Ele sugeriu as imediações o restaurante Rio’s, no Aterro do Flamengo; cartão postal da Cidade Maravilhosa. A moto nos encantou e a todos que por ali passaram; até a cachorrada ensaiou uma urinada comemorativa do evento.
Pezin pra fora adianta pouco para amparar os 300 quilos da Super…
No geral, e como de hábito, foi difícil me despedir da moto. Não sei se eu compraria uma, ainda que eu tivesse os 60 mil necessários para colocá-la definitivamente na minha garagem. Mas na faixa das Super Big Trails, onde estão a Varadero, a V Strom e a BMW GS, a Super Teneré tem espaço garantido, e merecido, nos corações e mentes do mundo inteiro.
Qualquer um fica com cara de bacana com uma Super Teneré por perto, hehe…
Aquele abraçow, aceleeera Brasil!
Fausto Macieira
E na sequência o diário de bordo de Leonardo “Leô” Aragão, craque do motocross, da arquitetura e das câmeras fotográficas…
Amor à primeira vista…
Olá a todos,mais uma vez estou aqui tentando fazer comentários destas motos fantásticas que o Fausto deixa eu experimentar.
Já andei de moto pequena, scooter entre outras, mas agora eu acho que andei numa moto de verdade, moto feita para gente grande literalmente, pois esta não foi feita para baixinho.
Tive a felicidade de semana passada fazer as fotos e ao mesmo tempo experimentar a Super Tenere xt1200cc da Yamaha.
O visual frontal é agressivo…
Quando você olha para ela para ela já podemos perceber que esta moto foi criada para brigar com as BMW GS1200cc o jeitão é bem parecido, com muita estrutura aparecendo, a moto totalmente assimétrica, grandalhona e bruta.
O lado esquerdo é o mais pró…
A Super Tenere tem uma bela entrada de ar com e um radiador enorme de um dos lados, o para lama dianteiro é muito bem desenhado, mas na lateral direita parece que está faltando alguma coisa, a Yamaha tem um jeito um pouco mais “Robocop” que a BMW, é uma moto que chama a atenção de todos por onde passa, até porque ela tem uma pintura belíssima azul, com a faixa de quadrados pretos com branco que acho que a Yamaha deveria ter em todas as suas motos offroad.
Comandos simples demais para o porte e o preço da moto…
Na minha opinião, até pelo preço da moto acho que ela merecia um acabamento um pouco melhor, os comandos do guidon são simples, nada de mais, achei muito estranho o grande vazio que se tem na carenagem perto do painel, é possível ver todo o fundo dos faróis e o para lama frontal, acho que deveria existir uma peça de acabamento para complementar esta parte da moto.
A “cabine de comando”…
Ao apertar o “start” e ouvir o ronco da 1200cc o prazer é absoluto, é só engatar a primeira marcha e começar a se divertir.
A moto é fácil de pilotar…
Com a moto em movimento em ruas livres ou estradas o seu tamanho e peso são imperceptíveis ela é muito fácil de tocar, freia muito bem e tem um torque de impor respeito.
We Like parabrisas…
O parabrisa faz a sua parte protegendo muito bem do vento, o banco é bastante confortável e o guidon alto e bem aberto proporcionando uma posição confortável e agressiva, bastante offroad.
O som da ventoinha é chato pacarai…
De ponto negativo apenas o som bastante alto da ventoinha que incomoda quando é acionado, geralmente quando estava com a moto parada no sinal.
O pino de aço mal colocado (tombo?) atrapalhou a troca de marchas…
E o pior de todos que acredito que tenha sido um problema pontual na moto que testamos, tem um pino em aço do descanso lateral que fica forçando a sola do pé por causa da mola do próprio descanso, acredito que a moto que testamos tinha este problema por alguma má regulagem, caso não, isto é algo extremamente desagradável ficar andando com pino em aço espetando e forçando o seu pé para cima, sendo desagradável até na mudança de marchas para cima.
Ela merece uma cantada básica: vai ser gostosa assim lá em casa…
Resumindo foi uma grande experiência e espero que muitas outras ainda venham.
Obrigado Fausto.
Leonardo Aragão
Aí vão mais algumas imagens da moto pelas preciosas lentes do Leô…
Recomendada para grandes aventuras…
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