Visando o público iniciante no mundo das duas rodas, principalmente mulheres e interioranos, a Honda recoloca no mercado a Biz 100 carburada. A moto, que foi sucesso de vendas após seu lançamento, em 1998, teve seu motor trocado por um de 125 cc com injeção eletrônica e sistema Flex em 2008.
Mas com a chegada de outras marcas mais simples e mais baratas nesse mesmo segmento, a Honda começou a perder mercado principalmente no norte e nordeste e optou por relançar a versão mais barata da Biz, com motor de 100 cc e alimentação feita por carburador. A com partida a pedal está sendo vendida por R$ 4.710,00 e a com partida elétrica, R$ 5.290,00. Esses valores são os sugeridos pela Honda, com base no estado de São Paulo, sem frete, mas no Pará ela está sendo vendida a R$ 5.990,00.
A Biz 100 tem motor OHC (comando no cabeçote), monocilíndrico, 4 tempos, arrefecido a ar de 97,1 cc com 6,43 cavalos de potência a 7.000 rpm e torque de 0,71 kgf.m a 4.000 rpm. A compressão é de 8,8:1 e a relação diâmetro x curso do pistão de 50,0 x 49,5 mm. O carburador tem venturi com 15,9 mm de diâmetro e a ignição é eletrônica capacitiva. Não é o mesmo motor utilizado pela Pop 100. A embreagem é do tipo centrífuga e multidisco banhado em óleo. Ela tem catalizador para reduzir a emissão de gases poluentes (CO/HC/NOX) e atende ao PROMOT 3. A lubrificação é forçada por bomba helicoidal.
Pude fazer um bom teste com a moto, e me satisfez bastante. A dirigibilidade é bastante boa, ela é fácil de pilotar, com pneu 60/100 montado no aro 17” na dianteira e 80/100 14” na traseira. O chassi é do tipo monobloco construído com tubos de aço e a suspensão é composta por garfo telescópico com 100 mm de curso na dianteira e braço oscilante com 86 mm de curso na traseira. O banco fica a só 75,3 cm do chão e a distância mínima do solo é de 13 cm. Ela mede 1,89 m e tem 72,6 cm de largura e 108,7 cm de altura. A distância entre eixos é de 1,26 m.
Foi a vez que me entendi melhor com o câmbio rotativo de 4 marchas. Acho que é só uma questão de adaptação, pois foi a terceira vez que testei a Biz.
Na pista mista de testes da Honda, localizada perto de Manaus, onde não há reta longa e nem é plana, atingi velocidade máxima de 95 km/h. Andei também na garupa e achei bem confortável. O banco é em dois níveis e não é muito inclinado, então não me jogava para cima do piloto. Com duas pessoas, ela perdeu só 5 km na velocidade máxima.
Os dois freios são a tambor, com 130 mm de diâmetro na frente, e 110 atrás. A lâmpada do farol tem 30 w. Pesa 99 kg (a sem partida elétrica pesa um quilo a menos) e o tanque de combustível tem capacidade para 5,5 litros sendo 1,5 da reserva. Tem reservatório de óleo do motor com capacidade para 900 ml.
São dois modelos: a com partida a pedal chamada de KS, tem nas cores vermelha e preta, e a com partida elétrica e pedal, chamada de ES, tem também em rosa metálico.
É fácil identificar as duas versões da Biz: a 100 carburada tem lanternas dianteiras e traseiras na cor âmbar enquanto que na 125 são brancas. O motor e a cor do logo da 100 são pretos e os da 125, prata. O painel da 100 é branco e a velocidade vai até 120 km/h, enquanto que o da 125 é azul, com velocidade final de 125 km/h. Além disso, na versão com carburador, podemos observar um corte na base do plástico que cobre a coluna de direção, para que seja possível mexer no carburador e na torneira da reserva de gasolina.
Visitei a Unidade HDA2 que é onde as motos de pequena cilindrada da Honda são produzidas, na fábrica de Manaus e vi que as motos são todas e totalmente testadas antes de saírem da fábrica.
Esta unidade está há dois anos em operação, com 756 pessoas trabalhando e tem 25.000 m². Nessa linha de montagem são fabricadas, por dia, aproximadamente 840 unidades, mas tem capacidade para 1.700, sendo 1.100 da Biz, 500 da Pop 100 e 100 da Lead 110. A Honda quer vender 40.000 Biz 100 nesse segundo semestre.
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