quarta-feira, 3 de outubro de 2012
Teste de 2.000 km com a Honda CBR 600RR 2012
Tive oportunidade de acelerar a CBR 600RR por mais de 2.000 Km. Na cidade, na estrada e em dois autódromos: no ECPA, em Piracicaba, e em Interlagos, em São Paulo.
Assim que subi nela, vi que já tinha 8.029 km rodados e achei que estaria com alguns desgastes, já que as motos de testes são colocadas à prova de todas as maneiras. Mas bastaram alguns metros para que eu começasse a me deliciar. Apesar de já muito rodada, ela continuava deliciosa.
A suspensão dianteira, que é garfo telescópico invertido (Upside Down) e tem acerto de compressão e retorno dos amortecedores e também de compressão das molas, é de fácil ajuste. A suspensão traseira é Unit Pro-Link, em que isola o chassi de impactos e torções por causadas pelas irregularidades do piso, mantendo a roda traseira sempre o contato com o solo transmitindo a potência gerada pelo motor. Também tem amortecedor e molas ajustáveis.
O amortecedor de direção é o mesmo da CBR 1000RR Fireblade: eletrônico progressivo chamado de HESD – Honda Electronic Steering Damper, que utiliza um atuador hidráulico e um módulo eletrônico. Através do sensor de velocidade, anula eventuais oscilações do guidão percebidas nas rápidas acelerações, melhorando a maneabilidade em baixas velocidades e proporcionando maior firmeza à medida que a velocidade aumenta.
O chassi do tipo Diamond Frame foi construído por meio de um sistema de fundição em alumínio denominando FDC (Fine Die-Cast), que permite reduzir a quantidade de soldas. Na cidade, é uma moto leve e de fácil maneabilidade. Seu peso é de 179 kg, fora o combustível. A versão sem C-ABS pesa 10 kg menos. Ela mede 2,01 m x 68,5 cm de largura e 1,10 m de altura. O banco fica a 82 cm do chão e a altura mínima do solo é de 13,5 cm. A distância entre-eixos é de 1,375 m.
Os aros são de alumínio em formato de 3 pontas, com 17” e vêm com pneus radiais esportivos de perfil baixo e sem câmara.
Enquanto estive com ela, escutei muita gente me dizer que a prefere à 1000. É claro que isso é uma questão pessoal, que deve ser analisada de acordo com a utilização que você dará à motocicleta.
Deliciosa de andar na estrada, acertei a suspensão de forma que ela ficou bem macia na cidade e também segura para estrada, onde quase não se escuta o motor. Peguei noite na Rodovia Presidente Dutra e os faróis são satisfatórios, com refletores multifocais.
O motor tem 599 cm3, com quatro cilindros em linha, DOHC (Double Over Head Camshaft), duplo comando de válvulas, quatro tempos, 16 válvulas e arrefecido a líquido. Alcança potência máxima de 120 cv a 13.500 rpm e torque de 6,73 kgf.m a 11.250 rpm. A injeção é eletrônica PGM-DSFI (Programmed Dual Sequential Fuel Injection System), programada para processar com precisão a quantidade de combustível que compõe a mistura.
Tem o sistema Ram Air, onde o ar captado é direcionado de maneira mais rápida para o motor, aumentando a velocidade de entrada da mistura ar/combustível incrementando a potência do motor, principalmente em altas velocidades.
Na pista, andei com ela bastante dura. No final da reta de interlagos ela chegou a 232 km/h em 4ª marcha. No final da reta oposta, a 227. Já no ECPA, não cheguei a utilizar a 4ª marcha.
O motor corta em 15.000 rpm e as velocidades em cada marcha foram: 1ª – 125; 2ª – 178; 3ª – 208 km/h.
O motor corta em 15.000 rpm e as velocidades em cada marcha foram: 1ª – 125; 2ª – 178; 3ª – 208 km/h.
O sistema de transmissão tem o nome de Low-Lash. Se você trocar a marcha no giro certo, nem parece que mudou de marcha, pois ela não perde a potência dentro dos, aproximadamente, 500 giros que caem entre uma troca e outra. Isso se deve às curvas de torque e potência que são lineares.
A versão que andei era com C-ABS, e foi sempre muito tranquilo frear. Sempre dava a impressão de que sobrava pista. Na dianteira são dois discos flutuantes de 310 mm de diâmetro, com acionamento hidráulico e cáliper de fixação radial com quatro pistões. Na traseira há um único disco com diâmetro de 220 mm com acionamento hidráulico e cáliper de pistão simples.
O escapamento é Centre-Up 4 x 2 x 1, com saída única sob a carenagem traseira, que, inclusive, por um descuido meu, queimou a alça da minha malinha que distraidamente deixei para trás, após amarrá-la no banco do carona.
O conta giros é eletrônico analógico e as outras informações são no painel digital: velocidade, hodômetros parcial e total, marcador de combustível e relógio.
O tanque tem 18 litros. Andando tranquilamente na cidade, chegou a fazer quase 19 km com um litro de gasolina. Eu estava com a Podium. Já acelerando em Interlagos, fez menos de 10.
Vem com o sistema de segurança H.I.S.S. em que a chave é identificada por meio de um chip eletrônico, então nenhuma outra consegue ligar a moto, que é importada do Japão, da mesma forma que a CBR 1000RR Fireblade e a CBR 250R.
As montadoras guardam diversos segredos e não revelam coisas como o tipo de solda que utilizam, o material exato e têmpera utilizados na preparação do chassi, a carga das molas, entre outras coisas, inclusive sobre os motores. A moto é a mesma desde 2010, mas sinceramente, não há o que criticar.
Tem essa preta que testei e a vermelha com branco.
O preço da versão com C-ABS é de R$ 50.900,00, base estado de São Paulo. A sem C-ABS custa R$ 47.900,00.
A garantia é de um ano, sem limite de quilometragem.
O preço da versão com C-ABS é de R$ 50.900,00, base estado de São Paulo. A sem C-ABS custa R$ 47.900,00.
A garantia é de um ano, sem limite de quilometragem.
Quilometragem final: 10.145 km.
Veja AQUI mais fotos da Honda CBR 600RR nas pistas do ECPA e Interlagos.
Fonte: Blog da Suzane Carvalho
Estudantes norte-americanos criam moto com esferas no lugar das rodas
O protótipo em tamanho real do SDS
Uma moto sem rodas. Ou pelo menos sem aquelas que estamos acostumados a ver. Essa é a proposta de um grupo de estudantes de engenharia da San Jose State University, nos EUA, que está desenvolvendo uma motocicleta que utiliza duas esferas no lugar das rodas. A ideia é uma moto capaz de se locomover para todas as direções. Batizado de SDS (Spherical Drive System) ou Sistema de Direção Esférica em uma tradução livre, o projeto emprega diversos equipamentos eletrônicos como acelerômetros e giroscópios para se manter “em pé” e se movimentar, como acontece com os patinentes Segway.
O projeto, que começou a ser desenvolvido em agosto do ano passado, será movido por um motor elétrico e teve como base a mesma tecnologia adotada pela Audi no conceito RSQ, que estrelou o filme Eu, Robô ao lado de Will Smith. Por enquanto, o protótipo construído em tamanho real ainda não funciona. Entretanto, testes já estão sendo feitos em réplicas de escala menor e, após ser finalizado, o SDS deverá ficar parecido com o modelo das fotos abaixo. Será que as montadoras compram a ideia? (por Carlos Bazela)
As rodas esféricas permitem o movimento para todas as direções
O visual final do SDS lembra muito uma superesportiva
Para quem quiser acompanhar, os estudantes divulgam o progresso do desenvolvimento do SDS em seu site
Honda dá pistas de uma superesportiva V4
RC 213V já usa motor V4 na MotoGP. Será que veremos uma versão para as ruas?
Em discurso divulgado hoje sobre os planos da empresa para os próximos três anos, o CEO mundial da Honda Takanobu Ito afirmou que a empresa está trabalhando no desenvolvimento de uma nova motocicleta superesportiva. “Tecnologias das máquinas da MotoGP serão aplicadas no modelo”, afirmou Ito.
O CEO também garantiu que essa nova moto vai gerar a mesma paixão e empolgação que a RC30 (VFR 750F) criou quando foi lançada em 1987. Equipada com um motor V4, a RC30 foi construída para disputar o Campeonato Mundial de Superbike, que começou em 1988. Incrivelmente leve para a época (192 kg), a RC30 venceu as duas primeiras temporadas (88-89). A declaração gera especulações de que o novo modelo traga de volta o motor de quatro cilindros em “V” para as superesportivas de rua da marca japonesa.
VFR 750R, ou RC 30, foi lançada em 1987 e venceu as duas primeiras temporadas do Mundial de Superbike (88-89) com o americano Fred Merkel
Além de ter reformulado recentemente sua superesportiva de 1.000cc e quatro cilindros em linha, a CBR 1000RR, a Honda tem apostado nos motores V4 nos últimos anos. Prova disso são a sport-touring VFR 1200F (já à venda por aqui) e a bigtrail Crosstourer (que chega em outubro), ambas empurradas por um propulsor de quatro cilindros em “V”. Outro detalhe que deixa os fãs de motos esportivas ainda mais ouriçados é que a atual motocicleta da Honda, pilotada pelo espanhol Dani Pedrosa, no Mundial de Moto GP traz exatamente um propulsor V4 de 1.000cc. Será que teremos uma nova RC (sigla usada pela marca para suas motos de pista com motores quatro tempos) homologada para as ruas?
Customizador “turbina” scooter Yamaha T-Max
O Yamaha T-Max Hyper Modified Capitolo II e seu criador Ludovic Lazareth
A Yamaha divulgou na Europa uma versão para lá de inusitada do maxi scooter T-Max 530. Trata-se do T-Max Hyper Modified Capitolo II, customizado pelo francês Ludovic Lazareth. No projeto, o designer optou por seguir uma linha mais esportiva. Por isso fez uma série de mudanças pequenas, como diminuir o tamanho do parabrisa e substituir o escape por um modelo que se integra totalmente na carenagem, que o deixaram mais agressivo.
“A carenagem pode parecer a mesma coisa, mas na realidade só algumas peças originais permanecem. Eu poderia dizer que eu mudei 80% do plástico para fazê-lo ainda mais agressivo e esportivo. À primeira vista, não há diferença, mas quem conhece o T-Max vai notar pequenas mudanças”, revela o customizador que teve inspiração em aviões para realizar o projeto. “Muitos dos meus projetos foram influenciados pela tecnologia inovadora e técnicas de engenharia adotadas pela indústria da aviação. Enquanto eu estava trabalhando na minha versão do T-Max, decidi exagerar suas linhas, usando materiais e componentes normalmente utilizados na construção de aviões”, comenta Lazareth.
A rabeta mais afinada e o parabrisa mais curto deixaram o T-Max com aspecto mais agressivo
Entretanto, quem imagina que as mudanças foram apenas estéticas, se engana. “Desde o início do desenvolvimento do Yamaha T-Max Hyper Modified, eu tinha um objetivo: ultrapassar os 200 km/h. Para este efeito, usei o turbo compressor, que aumentou a força do motor em 30%, deixando-o perto dos 60 cv”, revela o designer francês, que instalou ainda uma suspensão dianteira invertida e freios a disco mais potentes para segurar a força extra do motor.
Brincadeira Custom
Marcus Walz foi o primeiro customizador a apresentar sua versão para o maxi scooter da Yamaha
O T-Max Capitolo II de Ludovic Lazareth é o segundo modelo a surgir, a partir de uma proposta feita pela própria Yamaha europeia no ano passado. Em 2011, o Salão de Milão (EICMA) contou com um pavilhão a mais, o EICMA Customs, cuja ideia era reunir customizadores para apresentar seus projetos e oferecer seus serviços. Na ocasião, a Yamaha entregou uma V-Max para cada um dos três profissionais mais conhecidos do setor (Ludovic Lazareth, MarcusWalz e Roland Sands) realizarem suas modificações. O resultado foram três motos de personalidades distintas que ficaram expostas no Salão.
Neste ano, a marca japonesa repetiu o desafio com o T-Max como modelo base e, até agora já ficaram prontos as versões de Lazareth e Marcus Walz, que optou por fazer mudanças exclusivamente estéticas e seguir as cores e o visual da superesportiva mais conhecida da Yamaha, a YZF-R1. As três releituras do T-Max – incluindo a de Roland Sands que ainda não foi apresentada – estarão expostas entre os dias 15 e 18 de novembro na edição 2012 do EICMA Customs, dentro do Salão de Milão. (por Carlos Bazela)
O T-Max do customizador alemão ganhou ares – e esquema de cores – derivados da YZF-R1
Salão da Motocicleta terá leilão de clássicas
A 3ª edição do Salão da Motocicleta terá 200 expositores e 300 modelos de motos
Com investimento de R$ 30 milhões, a Megacycle Eventos pretende preencher os 40 mil metros quadrados do Pavilhão de Exposições Imigrantes, em São Paulo (SP), onde vai acontecer a terceira edição do Salão da Motocicleta 2012 com estandes interativos e muitas atrações. Haverá concursos de customização, desenho e fotografia, exposição de motos, peças e acessórios. Já na parte externa, os visitantes poderão acompanhar a final do campeonato brasileiro de wheeling, shows de free style e fazer test-drive nas motocicletas Yamaha, Kawasaki, Harley-Davidson e XMotos. Outra novidade será a possibilidade de motociclistas terem a oportunidade de fazer curso de pilotagem defensiva.
Motos clássicas, peças e acessórios serão leiloadas durante o evento paulistano
Mas uma das principais atrações do evento ficará por conta do leilão, que acontecerá em uma grande espaço dentro da área de expositores. Na ocasião todos os parceiros do evento poderão colocar peças a serem leiloadas, entre motocicletas, moto-peças, pneus, capacetes e acessórios. Ou seja, os expositores poderão “desovar” seus estoques antigos (ou fora de linha) a preços bastante atraentes ao público. Os proprietários de motos clássicas também colocarão modelos à venda. O leilão deve acontecer em 10 de novembro. O motociclista também poderá ver os lotes e fazer o lance pela internet. A listagem com a relação das peças a serem leiloadas estará disponível no site do evento a partir de 20 de outubro. Dois lotes merecerão destaque: uma Harley-Davidson Fat Bob customizada e uma picape GM S-10, que terá a mesma pintura da moto norte-americana.
A Ducati Multistrada 1200 foi apresentada no Salão da Motocicleta de 2010
O Salão da Motocicleta acontece no Pavilhão Imigrantes (SP) entre 6 a 11 de novembro. Contará com a participação de 200 empresas – nacionais e estrangeiras – e terá mais de 300 motocicletas expostas das mais variadas marcas, modelos e cilindradas. A ideia dos organizadores também é de transformar o evento em um polo gerador de negócios entre empresas brasileiras e estrangeiras.
Moto conceito da Victory impõe a lei em “Dredd”
A moto e o protagonista em foto tirada durante as filmagens de “Dredd“
Na última sexta-feira, 21, chegou às telas brasileiras o filme “Dredd“, uma nova adaptação (a primeira foi feita em 1995 e trazia Sylvester Stallone no papel principal) da HQ criada em 1977 na Inglaterra. A trama se passa em um futuro distópico quando a humanidade se aperta para sobreviver na gigantesca cidade de Mega City Um. Para conter a onda de crimes que resulta da alta densidade populacional surgem os Juízes que substituem a polícia com o poder de responder a ocorrências, julgar e, se necessário, executar os criminosos no local. Dentre eles, o mais temido é Joe Dredd, vivido por Karl Urban.
No entanto, o que mais nos chamou a atenção no filme são as motos usadas por Dredd e sua trupe. O modelo, uma estilosa mistura entre custom e superesportiva, devidamente equipada com metralhadoras e afins é, na verdade, o conceito Vision 800 da marca norte-americana Victory. Mostrada em 2005, durante o Salão Internacional de Motos de Long Beach, na Califórnia, a moto foi um exemplo do quanto a marca, conhecida pelos modelos custom e touring de design retrô, pode ser radical ao conceber uma nova moto.
A moto conceito Vision 800, mostrada pela Victory em 2005 durante um evento realizado em Long Beach, na Califórnia
Mesmo sem intenção de produzir a Vision em série – pelo menos não da forma como ela aparecia – a Victory não poupou inovações. A gigantesca carenagem frontal oferecia um bagageiro com espaço suficiente para comportar dois capacetes e transmissão CVT feita por eixo cardã instalado em um monobraço. O motor é o tradicional dois cilindros em “V” de 800cc.
Com motor de dois cilindros em “V” de 800cc, a Vision conta com transmissão CVT, igual à dos scooters
Em 2008, a marca pertencente a Polaris resolveu aproveitar o nome e algumas linhas do conceito lançando a touring Vision Street. Dois anos depois, o modelo foi substituído pela Vision Tour e suas variações, que estão atualmente no line-up da Victory. O modelo mais recente está equipado com um propulsor de 1731 cm³, mas, em termos de visual, ainda passa longe da ousadia do conceito. (por Carlos Bazela)
Ao lançar a Vision como modelo de rua, a Victory optou por uma versão de touring, bem diferente do conceito
Ações preventivas evitam acidentes de motos
Especialistas recomendam trafegar sempre na faixa da esquerda, onde os carros já estão acostumados a vê-lo
Tomando como base as ações da Década Mundial de Ação pela Segurança no Trânsito, definida pela ONU para o período de 2011 a 2020, o Conselho Nacional de Trânsito (Contran) escolheu a questão dos limites de velocidade para priorizar na Semana Nacional de Trânsito deste ano – de 18 a 25 de setembro. O tema foi “A velocidade pode mudar histórias. Não exceda a velocidade, preserve a vida”. O principal foco da campanha este ano é a conscientização de jovens entre 18 e 25 anos, considerados o grupo de risco, ou seja, os mais vulneráveis aos acidentes de trânsito.
Para se ter uma ideia, segundo a pesquisa Vigilância de Fatores de Risco e Proteção para Doenças Crônicas por Inquérito Telefônico (Vigitel), só em 2011 o Brasil teve 155 mil acidentes de carro e de moto, o que demandou um investimento de mais de R$ 200 milhões do Sistema Único de Saúde (SUS). Este valor seria suficiente para construir 143 Unidades de Pronto Atendimento (UPAS 24h) e atender a mais de 43 mil pessoas por mês, mesmo número que o perdido em acidentes de trânsito.
O motociclista precisa olhar no retrovisor do veículo que ele segue para saber se está sendo visto
Os dados são alarmantes e realmente preocupam todas as esferas da sociedade, mas como resolver o problema, ou pelo menos reduzir esses números? Além de atividades propostas pelos governos, como seminário de educação de trânsito, Moto Check-up e aulas de mecânica básica, acreditamos que dicas práticas são sempre muito bem vindas. Por isso ouvimos o instrutor de pilotagem do Centro Educacional de Trânsito Honda (CETH em Indaiatuba (SP), Robson Clauss, para saber como podemos minimizar os riscos sobre duas rodas. (por André Jordão)
Confira algumas dicas de pilotagem elaboradas pela iniciativa Piloto Mais, da Honda:
Reduza a velocidade – Todos os especialistas são categóricos ao afirmar que a velocidade é um fator essencial na prevenção de acidentes. Depois de o farol abrir, por exemplo, o piloto precisa esperar um pouco antes de partir. Muitos pedestres desrespeitam o sinal e a faixa, por isso, conte até três e só depois acelere. Não custa nada. Esta ação pode diminuir o risco de um atropelamento e outros acidentes gerados pelo excesso de velocidade.
Pilote sempre equipado – Utilize capacete no tamanho adequado e com faixas reflexivas. Não se esqueça de vestir luvas, um calçado fechado acima dos tornozelos, uma calça de cordura ou jeans e a jaqueta.
Além do capacete, é imprescindível estar de calça, jaqueta, bota e luva, sempre
Curvas – Para fazer uma curva perfeita, diminua a velocidade antes de contornar a curva e mantenha a velocidade constante durante a inclinação da motocicleta. Após a curva, retome a aceleração aos poucos para voltar a motocicleta na posição “reta”. Procure sempre olhar e ficar ligado no final da curva e evite frear quando a motocicleta já estiver inclinada.
Frenagem – Durante a frenagem, o piloto precisa frear de forma simultânea e progressiva os dois freios, pressionar as pernas no tanque para manter o peso na roda traseira, pois boa parte do peso (piloto/motocicleta) se desloca para frente. Fique esperto para não usar bruscamente os freios a ponto de travar as rodas e perder o equilíbrio da moto. Vale lembrar que os pneus devem sempre estar calibrados de acordo com a fabricante e em bom estado de conservação.
PIPDE – Procurar: Fique atento a todas as informações que possam sinalizar situações perigosas. Identificar: Se estiver atento e concentrado na pilotagem, com certeza irá identificar os perigos potenciais. Prever: Após identificar os perigos, preveja o que poderá acontecer.Decidir: Essa antecipação aos perigos permite tomar decisões mais precisas. Executar: Após essa sequência de raciocínio, execute sua decisão com rapidez, firmeza e perícia.
Antever os riscos é fundamental para evitar acidentes
Posicionamento – Em rodovias, procure ficar no mínimo a 2 segundos de distância dos demais veículos seguindo estes passos: 1) Identifique um ponto fixo a sua frente (pontes, árvores, placas, etc.). Assim que o veículo da frente passar pelo ponto, inicie a contagem “mil e um – mil e dois” pausadamente. 2) Você deverá estar passando pelo mesmo ponto de referencia após esse intervalo de tempo. 3) Se você já passou pelo ponto antes de terminar a contagem, quer dizer que está muito próximo do veículos a sua frente e em caso de emergência não terá espaço suficiente para parar a motocicleta. 4) Realize o mesmo procedimento com o veículo que vem de trás. Procure andar com a motocicleta na faixa central da pista, para ter maior visão e área de escape tanto para a esquerda quanto para a direita.
Cruzamento – Sempre que se aproximar de um cruzamento, reduza a velocidade mesmo estando na preferencial. Olhe para os lados e utilize o retrovisor para olhar para trás por cima dos ombros. Evite a conversão a esquerda e opte por um retorno, é mais seguro.
Condições do piso – Fique atento aos pisos irregulares e com baixa aderência. Sempre que se deparar com essas condições evite o acionamento brusco nos comandos (acelerador e freios) e mantenha a aceleração constante. Tome cuidado também com mudanças bruscas de direção. Como o piso não permite boa aderência podem acontecer situações de desequilíbrio ou derrapagem.
Se a chuva estiver muito forte, espere! E procure manter a viseira sempre limpa e sem riscos
Com garupa (ou bagagem/carga) – Para transporta garupa ajuste a suspensão (caso seja possível) e a calibragem do pneu, peça para a garupa sentar próximo ao piloto, agarrar na cintura e pressionar as pernas junto ao seu quadril ou segurar nas alças laterais, mas sempre mantendo o corpo grudado no piloto.
Adversidades – Pneu furado: Se isso acontecer, segure o guidão com firmeza, pilote suavemente e vá diminuindo a aceleração. Evite reduzir marchas e frear. Diminua a velocidade vagarosamente e saia da rua/estrada. Se você for obrigado a frear, use o freio do pneu bom (que não está furado). Vento constante: Incline a moto contra a direção do vento e dê margem para manobra. Use o PIPDE para identificar quando o vento vai mudar. Pontes e passarelas são locais mais comuns e prédios altos podem contribuir para causar rajadas de vento. Áreas alagadas: evite transpô-las. É difícil avaliar a profundidade da água e velocidade da correnteza. Chuva: Redobre sua atenção, pois a chuva no capacete reduz sua visibilidade e torna a pista mais escorregadia. Nesse momento, atenção redobrada.
Kawasaki prepara festa para os 40 anos da Z1
Lançada no Salão de Colônia de 1972, a Z1 tinha motor de quatro cilindros com 82 cv
Na próxima semana, entre 3 e 7 de outubro, acontece o Salão de Motos de Colônia (Intermot), na Alemanha – que a Infomoto estará cobrindo in loco. Um dos mais importantes eventos do setor de duas rodas, o salão alemão sempre foi palco de grandes lançamentos. Por exemplo, há 40 anos a Kawasaki mostrava em Colônia o primeiro modelo da mítica série de motocicletas batizadas de “Z”. Na época, a Z1 encantou o mundo com seus quatro cilindros em linha e a alma esportiva das motos da marca verde.
Passado e presente: a Z1 de 1972 e a Z1000 atual
Agora, no Intermot 2012, tudo indica que a Kawa deverá mostrar uma edição especial da Z 1000, a representante moderna da família Z, em comemoração as quatro décadas da família. A festa, aliás, já começou com o lançamento de um relógio comemorativo e em edição limitada a 903 unidades – não por acaso a capacidade cúbica da primeira Z1, lançada há 40 anos.
Um relógio limitado a 903 unidades – a capacidade cúbica da Z1 – foi o primeiro passo para celebrar as quatro décadas do modelo
Além de ostentar o título de primogênita da família, a Kawasaki Z1 tem uma história interessante por trás do seu nascimento. Na ânsia de lançar a primeira moto japonesa com quatro cilindros em linha de quatro tempos, em meados da década de 1960, a Kawasaki desenvolvia em segredo um propulsor com essas características, sob o pseudônimo de NYS (New York Steak), já que o projeto pretendia fazer sucesso nos Estados Unidos. O problema é que em outubro de 1968, a Honda surpreendeu no Tokyo Motorcycle Show e lançou a CB 750 Four, antecipando-se à Kawasaki. Pelo menos é isso que se conta nos bastidores.
Cartaz da Kawasaki de 1972 anunciava a estreia mundial da Z1 no Salão de Colônia em 1972
Mais tarde, o projeto foi retomado e a Z1 fez sua primeira aparição no Salão de Colônia, em 1972, causando furor entre os presentes. “Empurrada” por um propulsor de quatro cilindros em linha, duplo comando de válvulas, com 903 cm³ de capacidade, que produzia 82 cavalos de potência máxima, a Z1 fez sucesso na Europa e nos Estados Unidos, e aos poucos conquistou todo o mundo.
Linha de montagem da Kawasaki produzindo os primeiros modelos da naked, que se tornou sucesso em todo o mundo
Agora, em 2012, a Kawasaki organiza uma grande festa para Colônia, berço da história do modelo, onde promete um desfile com todos os modelos da série “Z”, além da apresentação de uma edição especial. “Eu vi a Z1 no IFMA Motorcycle Show, em Colônia, em setembro de 1972, e imediatamente encomendei uma. A minha moto foi uma das primeiras Z1 entregues, mas só em março de 1973”, relata Franz Volkman de Speyer, um alemão de 60 anos apaixonado pelo modelo.
Kawasaki deve mostrar uma nova Z1000 ou pelo menos uma edição comemorativa aos 40 anos da família Z
Outra pista de que a festa vai ser grande – o que aumenta a expectativa por uma nova versão, ou um modelo especial – é a declaração do Diretor-Presidente da Kawasaki Europa, o Sr. Yasushi Kawakami, convidando todos os entusiastas do modelo a participarem da festa. “Aproveitando os 40 anos da série Z, a Kawasaki quer celebrar este evento em conjunto com os clientes do passado, presente e futuro”, declarou.
Salão de Colônia abre temporada de lançamentos para 2013
O scooter elétrico da BMW e a superesportiva 1199 Panigale da Ducati (nas pontas) são algumas das atrações da feira
Pela terceira vez consecutiva, venho para a simpática cidade de Colônia, no Noroeste da Alemanha, para cobrir in loco o Intermot, nome oficial do salão de motos alemão. Neste ano, a feira abre para o público na quarta, 3 de outubro, e vai até domingo, dia 7. Mas, amanhã, o trabalho já começa para os jornalistas, pois acontecem coletivas durante todo o dia – das 8h da manhã até às 20h e a feira não é aberta ao público.
Além de muito bem organizado no belo Koelnmesse, o pavilhão de exposições da cidade, o Intermot abre a temporada de lançamentos para 2013. Por aqui devem aparecer a nova bigtrail da BMW, assim como novidades da Kawasaki, da Honda, e também da Ducati. Como em novembro, acontece o EICMA, em Milão, muitas marcas italianas deixam os lançamentos mais “quentes” para o salão caseiro, enquanto outras, como as japonesas, dividem as novidades para agradar tanto o público de lá como daqui. Mas, gosto muito de cobrir esse salão alemão. Não só porque a infraestrutura para os jornalistas é nota 10, com armários para guardar todo o equipamento – só eu trouxe cerca de 10 kg, entre câmera fotográfica, lentes, tripé, notebook, etc -, internet de alta velocidade em uma ampla sala de imprensa, mas também porque foi no Intermot, há 10 anos, em 2002, quando o salão era realizado em Munique, no Sul da Alemanha, que estreei como jornalista em coberturas internacionais. Na época, trabalhava na revista Duas Rodas e a primeira vez a gente nunca esquece!
Modelo “recebe” os visitantes do Intermot a bordo de uma Yamaha V-Max customizada
O mercado de motos na Europa – e em todo o mundo, na verdade – está sendo fortemente atingido pela crise financeira, mas mesmo assim o Salão de Colônia deve ter muitos lançamentos. Ou até mesmo por isso. Afinal, como convencer um motociclista inseguro financeiramente a comprar outra moto? Só mesmo com novidades atraentes.
E também não se esqueça que o Brasil está na mira dos grandes fabricantes, uma vez que por aí o mercado de motos de alta cilindrada vai de vento em popa. Portanto, fique ligado aqui em UOL Carros, onde nós da INFOMOTO estaremos fazendo uma cobertura online de um dos mais importantes salões de motos do mundo. Bis bald! - Até logo, em alemão
Honda apresenta nova CRF 450 Rally
Nova motocicleta será usada pelo brasileiro Felipe Zanol, piloto oficial Honda
O Salão de Colônia, na Alemanha, começou hoje, mas terá o dia todo reservado à imprensa – as portas se abrem ao público amanhã e o Intermot vai até 7 de outubro. Entre os lançamentos de Colônia está a nova Honda CRF 450 Rally, modelo off-road que a fabricante japonesa disputará a próxima edição do Rally Dakar 2013. Os pilotos Johnny Campbell (EUA), Helder Rodrigues (Portugal), Sam Sunderland (Reino Unido), Javier Pizzolito (Argentina) e o brasileiro Felipe Zanol serão os responsáveis por colocar à prova o novo modelo de rali desenvolvido pelo HRC, departamento de competição da marca japonesa.
Dados técnicos da nova CRF 450 Rally ainda não foram divulgados pela montadora, mas os cinco pilotos oficiais da Honda terão a oportunidade de “testar” a motocicleta a partir de 14 outubro, durante o Rally do Marrocos. Na ocasião, os competidores foram escalados para coletar dados do novo modelo e identificar possíveis problemas (reais e operacionais), sempre visando a participação no próximo Rally Dakar, o maior do mundo.